viernes, 1 de abril de 2016

RESPOSTA AO NERDOLOGIA 125 SOBRE SEXISMO



AVISO: Essa resposta aqui ficou cumprida pois tem muito para ser comentado. Se para você é suficiente com a piada do vídeo, fique a vontade de ir embora agora concordando ou xingando. Mas se vai ficar, se prepare para ler muito. Ou simplesmente pode procurar entre os pontos aqui expostos aqueles que mais possam lhe interessar.

Antes de apresentar meus argumentos preciso dizer que gosto muito de Nerdologia, estou inscrito no canal, acho necessário, louvável e até filantrópico o trabalho de divulgação científica feito aí, e vou continuar compartilhando seu conteúdo, sempre que mantenha uma linha imparcial. Achei importante fazer o que nunca fiz na vida que é esse video resposta aqui (que é realmente um video com uma resposta junto), porque fiquei preocupado. Dessa vez percebo que o canal esqueceu do seu espírito e acabou colaborando com a desinformação espalhada por uma certa vertente ideológica. Gostaria de pedir desculpas pelos erros que possa ter na minha redação, pois o português não é meu idioma nativo.

Dito isso, vamos lá! Meu intuito aqui é responder o vídeo sobre sexismo, que pelas suas interpretações parcializadas, falta de pesquisa e conclusões incompletas ficou parecendo mais um panfleto feminista do que um vídeo de Nerdologia. Não sou cientista mas acho que com minha pesquisa e sentido lógico consigo rebater os argumentos nerdológicos (incluso com fontes feministas) e concluir que as mulheres, pelo menos no Ocidente, ainda enfrentando problemas reais, estão bem melhor do que as feministas gostam de pregar. Mas posso estar errado em alguns pontos então estou aberto a receber contra-argumentos bem ponderados e incluso a mudar de opinião. Vou responder alguns pontos a partir das fontes usadas para fazer o vídeo e as que eu encontrei na minha pesquisa, e outros com simples argumentos lógicos, porque acho que não precisam de muito mais:

1. “Entre 40 e 70% de homicídios de mulheres são cometidos pelo marido ou parceiro, segundo a OMS”.

Aonde? Quando? Chama a atenção essa faixa porcentual, de 40 a 70%, como se não fosse possível obter a média. Essa informação esta baseada na relatória da OMS de 2002 [1], mas não se refere ao total mundial mas somente a cinco países, sem esclarecer por quê foram mencionados esses especificamente nem dando certeza do período de tempo no que ocorreram essas mortes. 
Mas falando desses cinco países, nos Estados Unidos, 30% dos homicídios de mulheres foram cometidos pelo marido ou parceiro entre 1976 e 2005 [2]; na Australia ficou sobre o 56% entre 1989 e 1996 [3]; Na África do Sul, 50.3% em 1999 [4]; No Canadá foi 43% em 2011 [5]; de Israel não achei porcentagens, mas o número de mulheres mortas por membros da própria familia é muito baixo [6][7]. Nenhum deles chega perto do 70% arriba mencionado.

No caso do Brasil, foram assassinadas 53.646 pessoas em 2013, das quais 93,8% (50.320) foram homens [8]. Deles, 5.082 (10,1%) foram assassinados no seu domicílio, um número maior do que o total global de mulheres assassinadas (4.762) [9].

2. “Aqui no Brasil, ainda em 2013, uma mulher era agredida cada 15 segundos”.

Eles pegam esse dado da revista Femina [10], e essa revista supostamente pega o dado de uma carthila da USP [11], mas estranhamente aí não fala nada de mulher agredida cada certo tempo.

Essa informação dos 15 segundos é muito recorrente na internet. Segundo várias referências, o estudo que chega nessa conclusão foi feito por uma ONG chamada Centre on Housing Rights and Evictions (COHRE), que não consegui achar na internet pois a ONG já não existe mais. Mas achei uma outra fonte provável na pesquisa feita pela Fundação Perseu Abramo em 2010 [12]. Segundo ela uma mulher é espancada cada 24 segundos, cálculo feito a partir de uma amostra de 2.365 mulheres entrevistadas [13]. Essa parece ser a estatística mais confiável, embora que não tenho certeza se é uma amostra representativa o suficiente para chegar em uma conclusão desse tipo, tendo em conta que para aquele ano o Brasil já tinha quase 100 milhões de mulheres. 

3. “Na China nasceram 110 homens para cada 100 mulheres entre 1980 e 2010, porque com a política de um filho só fetos de meninas são mais abortados”. 

Actualização: a política do filho único na China não existe mais. Foi abolida por todos os problemas que causava [14].

4. “A mulher tem uma baixíssima representação política no parlamento”.

No Brasil todas as mulheres com maioria de idade tem direito de votar, toda mulher que quiser pode se candidatar para cargos públicos, as três mulheres candidatas para presidente receberam 67 milhões de votos (64,5% do total) embora se enfrentarem contra 8 homens, e uma delas ganhou. 75% dos brasileiros gostam das cotas para mulheres na política, 74% acreditam que só há democracia com a presença de mais mulheres no poder, e a lei obriga os partidos a preencher o mínimo de 30% para candidaturas de cada sexo, 30% de mulheres que foi quase atingido no 2010 [15]. Será tempo já de considerar outros fatores para a “baixíssima representação política no parlamento” diferentes ao machismo, tipo que por uma questão vocacional as mulheres não se sentem tão atraídas quanto os homens pelos cargos políticos de eleição popular, que para as eleitoras não é tão importante o género dos candidatos senão outras qualidades, tal vez pensam que uma mulher no poder não é ‘per se’ garantia de boa gestão? Vale lembrar que foram homens os que criaram as leis para permitir às mulheres votarem, que foi uma maioria de homens os que aprovaram a lei Maria da Penha e as cotas políticas, tal vez as eleitoras já se consideram suficientemente bem representadas no parlamento.

5. “Segundo o Foro Económico Mundial, o Brasil tem uma excelente participação feminina em escolas e posições profissionais e técnicas qualificadas. Há 130 mulheres para cada sem homens no ensino superior”. 

Essa diferença deveria se considerar sexista, do mesmo jeito que seria considerada se fossem 130 homens para cada 100 mulheres. Uma das causas principais da violência é a falta de oportunidades educativas, pelo que esse tipo de disparidades podem gerar mais bandidos, abusadores e assassinos. Feministas deveriam pensar nisso.

6. “Mesmo assim, a classificação do Brasil cai para um dos últimos no ranking da diferença de salários. Não só tem salários menores pelo mesmo trabalho, como temos o problema do teto de vidro, quando as exigências dos cargos que pagam mais são tão grandes e desfavoráveis para as mulheres, que elas abrem mão da carreira e optam pela família, uma complicação que também vem da falta de ajuda do parceiro em casa”.

Se fosse verdade as mulheres ganham menos salário pelo mesmo trabalho os empresários prefeririam contratar somente mulheres, para não ter que pagar salários de homens. Para determinar as diferencias de salário, os pesquisadores que chegam nessa conclusão substraem a média do salário das mulheres da média do salário dos homens, mas não explicam que a diferencia tem a ver com escolhas profissionais, educação, a posição que ocupam, o risco no trabalho que ocupam, horas de trabalho por semana (mulheres preferem trabalhar menos horas), a jornada diária de trabalho (mulheres preferem diurna) e a continuidade laboral (mulheres fazem mais interrupções, principalmente pelos filhos) [16][17][18]

The Global Gender Gap Report do Foro Económico Mundial parece refutar isso todo [19], mas a metodologia que eles usam para fazer esse relatório já foi criticada por ser defeituosa e tendenciosa, por não ter em conta intencionalmente as diferenças favoráveis para mulheres como uma brecha entre sexos, e por não considerar determinadas diferenças irrelevantes ou como possíveis indicadores de desenvolvimento e sucesso, obtendo assim resultados bizarros como que Rwanda é mais igualitário do que Estados Unidos e a maioria de países europeus, o que não faz sentido nenhum [20][21][22]. Por isso que a relação de 130 mulheres para cada 100 homens não é considerada sexista senão um "grande avanço". 

7. “Em laboratórios de ponta com grande competição, currículos enviados com nomes de um homem recebem muito mais recomendações e propostas de salário mais altas do que quando enviadas com o nome de uma mulher, recomendações feitas por homens e mulheres”.

Tendo lido o relatório no que Nerdologia se baseia para dar esse argumento [23], tenho as seguintes considerações:

– A pesquisa foi basicamente um experimento social no que foram enviados currículos iguais com nomes de homes e mulheres para PROFESSORES DE CIÊNCIAS, não para laboratórios de ponta.

– O hipotético cargo para o que cada falso aspirante aplicava era "science laboratory manager", que tem responsabilidades mais administrativas do que científicas. Portanto, se existir viés seria pelas habilidades como administrador da pessoa e não tanto como cientista.

– O experimento foi feito apenas uma vez, o que não permite obter resultados conclusivos. Dado que cada participante recebeu um currículo só, não da para saber se a avaliação que fez do aspirante foi mais ou menos estrita por causa do sexo do aspirante ou pelas qualidades que o examinador considera dentro do seu critério que um science laboratory manager deve ter. O fato de que incluso cientistas mulheres (que sabem melhor do que ninguém da problemática do sexo feminino dentro das ciências) avaliassem candidatas mulheres duramente pode ser evidência mais disto do que de uma viés contra seu próprio género. 

– O experimento foi feito nos Estados Unidos, o único país desenvolvido no que NÃO EXISTE UMA FIGURA COMO O SALÁRIO-MATERNIDADE (ou pelo menos não na época da pesquisa), mas sim a obrigatoriedade para as empresas de reservar o emprego pra a mãe. Esse benefício é coberto por muito poucas empresas, e muitos laboratórios de ponta estão entre elas [24]. Então, imagina que você é o encarregado de avaliar aspirantes para ocupar essa vaga, e recebe dois currículos de profissionais com as mesmas qualidades, exceto que uma é mulher e u outro homem. Quem você contrataria, pensando que eventualmente a mulher pode ficar grávida e a empresa vai ter que pagar o salário maternidade durante sua ausência e procurar alguém para ocupar a vaga que ela vai deixar temporariamente para depois dar para ela de novo? Tal vez os participantes do experimento tiveram em conta isto na hora de avaliar.

– O experimento deveria ser repetido com algumas variações: os currículos de mulheres teriam que ser qualitativamente melhores do que os masculinos, teria que ser feito em diferentes países, e o cargo deveria ser eminentemente científico. Se ainda assim os homens fossem mais privilegiados a evidência de viés contra as mulheres na ciência seria bem mais notória. 

8. “Marie Curie foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel, e a primeira pessoa a ganhar dois”.

Mulher admirável. Vale lembrar que o primeiro ela o ganhou junto com dois homens. Trabalho em equipo, gente.

9. “Rosalind Franklin foi direitamente responsável pela descoberta da estrutura do DNA, e morreu antes do Prémio Nobel dado pela descoberta a três homens”. 

Admirável também. Vale a pena dizer que um desses homens declarou que ela também deveria ter recebido o prémio.

10. “A própria Sue Storm mostra o problema no Quarteto Fantástico. Ela precisou balançar a carreira de heroína e mãe em 1968”.

Naquela época isso era uma ideia revolucionária, algo admirável, próprio de uma heroína. É o que uma mulher que toma a decisão de ser mãe e profissional tem que fazer. Acho bem interessante alguém chamar isso de "problema". A mulher pode escolher: ser sómente mãe, se dedicar apenas á sua profissão, ou as duas. Nenhuma dessas decisões é má decisão.

11. “A diferença na forma como papéis masculinos e femininos são representados aumentou, os homens ficaram mais fortes enquanto as mulheres foram ficando cada vez mais sexualizadas, os uniformes deixam bem claro qual é seu papel. Para voar e lutar foi que o decote da Power Girl não foi feito”.

Claro, mas a capa, o spandex e a cueca sobre a calça são armas mortais, não é?

12. “É um problema que as armaduras femininas cobrem bem menos do que os pontos vitais”.

Para mim fala muito bem de uma heroína não precisar de proteger seus pontos vitais.

13. “É so dar uma olhada rápida nos personagens do “Batman: Arkham City” e ver para quem o decote costuma ser reservado”. 

Me pergunto para quem que deveria ser reservado o decote então? Para o Batman? Para o Joker? Ou deveríamos buscar então alguma personagem feminista que goste de se vestir como quiser sem se importar por preconceitos e espanque qualquer tarado que mandasse cantada. Será que existe?

14. “É fácil descobrir quais avatares femininos eram controlados por homens, elas pulavam muito mais e jogavam mais isoladas. Mas os jogadores explicaram o motivo: preferiam passar horas jogando com a visão de trás de uma mulher. Afinal, a maioria das vezes são personagens femininos desenhados por homens para homens”.

Vamos concordar que para um homen heterossexual por natureza é bem melhor a visão de trás de uma mulher do que de um homem, e dado que “são personagens femininos desenhados por homens para homens” vão ser desenhados de acordo com gostos de homens heterossexuais, que é o público que mais consume video games. Querer achar nisso perversidade ou uma imposição cultural é não ter muita ideia sobre natureza humana, impróprio de um biólogo. 

15. “Poucos filmes e séries passam o teste de Bechdel-Wallace”.

Um site especializado no test de Bechdel já analisou 6413 filmes, e 3701 (57.7%) deles passam o teste. Não é "pouco" [25]. Seria importante ver se tem sexismo nos médios audiovisuais, pela popularidade que tem e a sua capacidade de difundir mensagens, mas definitivamente o teste de Bechdel sozinho não é uma ferramenta muito confiável pra definir isso, porque tem muitos filmes que as mulheres gostam, feitos para um público feminino, que não passam. Se um teste vai ser feito pra determinar se um médio audiovisual é sexista, ele tem que ser imparcial e não tendencioso em favor dos dogmas feministas, como infelizmente acontece nos diversos relatórios feitos para difundir as problemáticas femininas.

16. “A preferência por games, quadrinhos ou ciência pode não ser natural. Cores rosadas são preferidas por todas as crianças com menos de dois anos, e a cor rosa já foi considerada bastante masculina, enquanto meninas deviam usar uma cor feminina: o azul”. 

Ou pode ser natural sim! Uma coisa é o gosto por uma cor e outra por aspectos mais complexos e profundos da nossa percepção da realidade. A divisão dos brinquedos segundo o sexo da criança tem provavelmente origem biológica, segundo indicam estudos feitos a partir de pesquisas em macacos e bebês humanos, pelo que não são necessariamente uma imposição cultural. Tal vez os papéis sociais de cada sexo já estão determinados biologicamente e começam se manifestar desde uma idade precoce [26][27]. Poderia ser que homens e mulheres tenham interesses diferentes [28].

Sobre o "problema" com os brinquedos segregados e a cor rosa [29], com certeza quase todas as mulheres que estão atualmente na faculdade ou já são profissionais bem sucedidas, advogadas, médicas, arquitectas, psicólogas, etc, mulheres independentes e bem inseridas na cultura de produção e consumo, já brincaram quando foram crianças de casinha de boneca, de mamãe e papai, de cozinheira, etc, com brinquedos e roupas cor de rosa e tals. Eu gostaria muito de saber como aquela experiência da infância mexeu com o seu desenvolvimento profissional e pessoal. Ou será que as mulheres que agora são bem sucedidas são somente aquelas que nunca brincaram com brinquedos para menina?


REFERÊNCIAS

[1] “Estudos realizados na África do Sul, na Austrália, no Canadá, nos Estados Unidos e em Israel mostram que, das mulheres vítimas de assassinato, de 40 a 70% foram mortas por seus maridos ou namorados, normalmente no contexto de um relacionamento de abusos constantes“. "Relatório mundial sobre violência e saúde", Organização Mundial da Saúde Genebra 2002. http://www.opas.org.br/wp-content/uploads/2015/09/relatorio-mundial-violencia-saude.pdf, pág. 93.

[2] "Homicide trends in the United States". http://www.bjs.gov/content/pub/pdf/htius.pdf, pág. 56

[3] "Homicide in Australia 1989-96". http://aic.gov.au/media_library/publications/rpp/13/rpp013.pdf, pág. 17

[4] "Mortality of Women From Intimate Partner Violence in South Africa: A National Epidemiological Study". https://www.researchgate.net/publication/26754902_Mortality_of_Women_From_Intimate_Partner_Violence_in_South_Africa_A_National_Epidemiological_Study, pág. 546

[5] "Homicide in Canada, 2011". http://www.statcan.gc.ca/pub/85-002-x/2012001/article/11738-eng.pdf, págs. 10 e 11

[6] "19 women killed by family members in Israel in past year". http://www.timesofisrael.com/19-women-killed-by-family-members-in-past-year/

[7] A taxa de assassinatos em Israel é 1.8 por cada 100.000 habitantes https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_countries_by_intentional_homicide_rate#Notes

[8] "Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2014" http://www.forumseguranca.org.br/storage/download/anuario_2014_20150309.pdf, pág. 6

[9] Mapa da violência 2015. Homicidio de mulheres no Brasil. http://www.mapadaviolencia.org.br/pdf2015/MapaViolencia_2015_mulheres.pdf, págs. 11 e 39

[10] "A violência contra a mulher provocada por parceiro íntimo". Femina 41, no. 2 (2013). http://files.bvs.br/upload/S/0100-7254/2013/v41n2/a3793.pdf

[11] "O que devem saber os profissionais de saúde para promover os direitos e a saúde das mulheres em situação de violência doméstica". Link para baixar em https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/nasftiraguaia/conversations/topics/503. A cartilha faz uma revelação interessante: “Depois do parceiro, familiares do sexo feminino foram as maiores agressoras de mulheres de 15 a 49 anos em estudo recente na cidade de São Paulo e na zona da mata de Pernambuco” (pág.15).

[12] "Considerando-se a última vez em que essas ocorrências teriam se dado e o contingente de mulheres representadas em ambos levantamentos, o número de brasileiras espancadas permanece altíssimo, mas diminuiu de uma a cada 15 segundos para uma em cada 24 segundos – ou de 8 para 5 mulheres espancadas a cada 2 minutos”: http://csbh.fpabramo.org.br/node/7244

[13] "Mulheres brasileiras e gênero nos espaços público e privado". http://csbh.fpabramo.org.br/sites/default/files/pesquisaintegra.pdf, pág. 247

[14] "China acaba com a política do filho único e permitirá 2 crianças por casal". http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/10/china-acaba-com-politica-do-filho-unico-e-permitira-dois-filhos-por-casal.html

[15] "As mulheres nas eleicoes 2014". Link para baixar direitamente: http://www.spm.gov.br/sobre/publicacoes/publicacoes/2014/as-mulheres-nas-eleicoes-2014-livro.pdf

[16] "The Myth of the Gender Wage Gap". https://www.youtube.com/watch?v=1oqyrflOQFc

[17] "Do Women Earn Less than Men? - Learn Liberty". https://www.youtube.com/watch?v=EwogDPh-Sow

[18] "Warren Farrell - Why Men Earn More: The Actual Truth Behind the Pay Gap". https://www.youtube.com/watch?v=7VAZx07rOKU

[19] "The Global Gender Gap Report 2015". World Economic Forum. http://www3.weforum.org/docs/GGGR2015/cover.pdf

[20] "The Gender Gap: What the World Economic Forum got wrong". https://www.youtube.com/watch?v=XGI2YggNJCc

[21] "A Gender Gap Is a Gender Gap Is a Gender Gap". http://goodmenproject.com/opeds/cac-a-gender-gap-is-a-gender-gap-is-a-gender-gap/


[23] "Science faculty’s subtle gender biases favor male students". http://www.pnas.org/content/109/41/16474.full.pdf

[24] "The US is still the only developed country that doesn’t guarantee paid maternity leave". http://www.theguardian.com/us-news/2014/dec/03/-sp-america-only-developed-country-paid-maternity-leave

[25] Bechdel Test Movie List. http://bechdeltest.com/statistics/

[26] "What is a monkeys favourite toy? - Horizon: Is your Brain Male or Female - BBC Two". https://www.youtube.com/watch?v=Bm9xXyw2f7g,

[27] "Hormones Explain Why Girls Like Dolls & Boys Like Trucks". http://www.livescience.com/22677-girls-dolls-boys-toy-trucks.html

[28] "Secrets of the Sexes - Episode 1: Brainsex (Documentary)" https://www.youtube.com/watch?v=uKk-VAMOsLk

[29] "Toys Are More Divided by Gender Now Than They Were 50 Years Ago". http://www.theatlantic.com/business/archive/2014/12/toys-are-more-divided-by-gender-now-than-they-were-50-years-ago/383556/